quarta-feira, 5 de junho de 2013

Povos Indígenas do Nordeste

AEPIN
Uma história de lutas, transformação e sobrevivência
O trabalho missionário evangélico entre os povos indígenas já passou por diversas fases na história da evangelização brasileira. Os povos nordestinos, contudo, são um capítulo à parte. Por muito tempo considerados menos indígenas pelos segmentos evangélicos e até mesmo pelas agências missionárias, eles têm sido vistos e ouvidos de outra forma nos últimos tempos. São povos que estão buscando sua reunificação, a reconstrução de suas identidades étnicas, políticas, e seu reconhecimento como nação. São chamados por alguns segmentos de povos “ressurgentes”.
Ao contrário do que diz o senso comum, estes grupos não são “sem cultura e sem língua”, mas exibem uma cultura em plena reconstrução a partir de valores antigos resgatados, transformados, e do acréscimo de outros valores, sejam de outras culturas indígenas, de negros escravos introduzidos na região durante a colonização, e da sociedade envolvente. Este quadro configura um desafio ainda maior para a comunicação intercultural e para a apresentação dos valores do Evangelho de forma consistente, compreensível e relevante, já que produz um grau de aculturação e consequente complexidade social e religiosa extremamente avançado.
No dia 26 de outubro de 2012, aconteceu na sede da JUVEP, em Cabedelo-PB, a primeira consulta interagencial e interdenominacional sobre o trabalho missionário entre os povos indígenas do nordeste. Estiveram presentes representantes de seis agências missionárias que atuam na área além de pastores de Igrejas da região interessadas neste ministério. O encontro foi liderado pelo Missionário Pr. Ronaldo Lidório.
Esta consulta, de caráter inicial, objetivou dar partida a um movimento para maior entendimento das realidades indígenas nordestinas e um crescente entrosamento entre as agências, igrejas e obreiros envolvidos na evangelização dos povos indígenas na região. Graças à importante contribuição dos irmãos que trabalham ou trabalharam na região, os dados referentes às 57 etnias listadas no Banco de Dados do DAI-AMTB foram conferidos e as correções foram feitas visando uma informação mais realística e coerente acerca da situação demográfica e social destes povos. Destacou-se ainda um bom número de etnias sobre as quais pouco ou nada se sabe.
Dela também nasceu uma aliança de agências, igrejas e obreiros visando maior aproveitamento de recursos e melhores resultados de ministério, a AEPIN – Aliança Evangélica Pró-indígenas do Nordeste, com o compromisso de orar e trabalhar para que os povos indígenas do Nordeste ouçam o evangelho de Jesus Cristo e igrejas sejam plantadas entre eles.
São, ainda, Objetivos da Aliança:
  1. Fomentar a pesquisa entre os povos indígenas do Nordeste.
  2. Ampliar a mobilização da Igreja Brasileira em relação aos grupos pouco ou não evangelizados nesta região.
  3. Colaborar com treinamento missionário complementar visando este objetivo.
  4. Promover a relação e comunhão entre agências, pessoas e igrejas que atuam entre estes povos.
Finalmente, o Missionário Ronaldo Lidório fez a seguinte colocação:
Impactos evangelísticos asseguram o conhecimento do evangelho por poucos anos enquanto o plantio de igrejas saudáveis e bíblicas perpetua o evangelho em uma região por várias gerações. É necessário, portanto, focar em plantio de igrejas e não apenas evangelização.”
Foi com o objetivo de plantar a Igreja de Jesus somando esforços missionários para alcançar estes povos tão sofridos e por tanto tempo negligenciados, até mesmo pela Igreja Evangélica Brasileira, que nasceu a AEPIN. Você pode participar orando pela aliança, pelas Agencias Missionárias e Igrejas envolvidas e pelos missionários/pesquisadores que estarão desenvolvendo este esforço. Você pode ainda se envolver e/ou envolver a sua Igreja este objetivo entrando em contato conosco pelo endereçoindigenas.nordeste@gmail.com.
Missionário Carlos Carvalho – MNTB/AEPIN

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