segunda-feira, 2 de julho de 2012

Convertido ao cristianismo, perde esposa e filhos no Sudã


Portas Abertas - Servindo cristaos perseguidos

Hoje, o ex-muçulmano está de volta ao Sudão, lutando para recuperar sua família, depois que seus sogros obrigaram sua esposa a voltar ao Islã e se divorciar dele. Um tribunal sudanês concedeu à esposa de Khalil a guarda de seus dois filhos e o proibiu de visitá-los, disse ele. Ele teme que se continuar lutando pela guarda das crianças, possa enfrentar ameaças e ser acusado de "apostasia".
Em agosto do ano passado sua sogra os visitou no Egito, ele explica.
"Sem o meu consentimento, ela pegou a minha esposa e meus filhos e os trouxde de volta ao Sudão", disse Khalil.
O casal havia fugido do Sudão, após receber ameaças de outros casais muçulmanos, pouco antes do referendo no qual foi votada a  independência do sul do Sudão do restante do país, em nove de janeiro de 2011.
Nos e-mails que enviou para amigos no Sudão, Khalil compartilhou sua nova fé.
Sem receber qualquer tipo de notícias sobre a sua família, depois que sua sogra os levou de volta para o Sudão, Khalil decidiu voltar ao país para procurá-los. Ele ficou chocado ao descobrir que sua mulher, Manal Hassan, tinha pedido o divórcio alegando que ela era muçulmana e ele cristão.
Khalil, que se converteu ao cristianismo em 2001, e conheceu Hassan, sua esposa, em 2007. Naquela época ela havia dito que não era cristã e nem muçulmana, e eles se casaram em uma cerimônia não-religiosa. A família muçulmana da noiva descobriu que Khalil era cristão, mas não tinha objeção ao casamento, disse ele.
Em 2010 o casal se filiou a uma igreja e se tornaram muito ativos nela; mas a oposição de suas famílias cresceu, levando-os a fugir para o Egito no início de 2011.
Em fevereiro desse ano, Khalil decidiu recorrer da sentença de divórcio. Sua esposa tinha apresentado uma cópia do certificado que continha um testemunho de Khalil e que provava que ele é cristão, no entanto, e isso não era prova suficiente para que o juiz anulasse o casamento e desse a guarda dos filhos a Hassan por supostamente praticar a "religião popular "- o Islã.
Apesar da decisão do tribunal de que Khalil não têm sequer o direito de visitar os filhos, em abril, ele decidiu vê-los. A família de sua ex-mulher ameaçou chamar a polícia  caso ele insistisse.
"Estou muito chateado com os tribunais por me impedirem de ver meus filhos", ele disse. "Eu tenho que recorrer dessa decisão".
Questionado sobre quais os riscos que ele poderia correr apelando, Khalil disse que poderia responder a um  processo contra ele por apostasia – crime passível de pena de morte no Sudão, onde a lei islâmica (Sharia) é reconhecida como a principal fonte de legislação.
"Eles podem levar o caso a um tribunal penal, que poderá decidir pela minha condenação à pena de morte, de acordo com a lei islâmica de apostasia - mas eu estou pronto para isso", disse Khalil.
"Eu quero que o mundo saiba disso. Que crime eu cometi? Será que é porque eu me tornei cristão? Eu sei que se o mundo está vendo isso, eles terão medo de fazer algum mal para mim".
Conversão
Khalil era muçulmano praticante, quando ele começou seus estudos em uma universidade em Alexandria, no Egito, em 1998. Quando se formou, em 2000, ele já tinha deixado o Islã, e retornou para o Sudão como ateu.
Depois de seu retorno ao Sudão, Khalil teve contato com um pastor dos EUA e que o inpactou com sua fé cristã.
"Ele era muito calmo e confiante", disse Khalil.
Ele lembrou que o pastor fez referência ao povo núbio no sul do Egito e no Norte do Sudão, que se autodenominam "filhos do Nilo", o rio de onde vem toda a fonte da vida da região, e conectou essa idéia com o Filho de Deus, que da mesma forma vem de Deus como o fonte de toda a vida. As referências a Jesus como o Bom Pastor, cujo pai era um Deus de amor, também levou Khalil a visitar a igreja do pastor, e ali, em 2001, ele entrgou sua vida a Cristo.
Ele ficou com o pastor durante três meses antes de voltar para a sua aldeia natal. Quando sua família percebeu que Khalil tinha abraçado a fé cristã, seu pai ameaçou matá-lo. Khalil então fugiu de casa.
Mais tarde, foi batizado em uma área historicamente núbia, perto de sua aldeia natal. Khalil começou a ganhar seus amigos para Cristo, e a perseguição contra ele se intensificou, os membros de sua própria família o denunciaram à polícia, e então ele resolveu fugir do país.
"A vida se tornou insuportável, e eu decidi fugir para os Emirados Árabes Unidos, onde fui recebido por uma família sudanesa em 2001", disse ele.
Ele permaneceu lá até a assinatura do Acordo de Paz Global entre o norte e o sul do Sudão em 2005, e depois decidiu voltar para o Sudão, com a esperança de servir a Deus em sua comunidade. Ele se tornou professor de Inglês, e ao mesmo tempo, desenvolveu programas para promover Nobiin, uma das línguas da Núbia, e património cultural.
Construindo um programa de alfabetização para crianças em Nobiin, ele também escreveu poesias na língua e traduziu vários hinos e versículos da Bíblia para esse idioma.
Juntamente com outros desafios, Khalil está trabalhando para publicar seus diversos manuscritos na língua Nobiin, apesar das dificuldades financeiras. Um diácono em sua igreja resumiu: "Mohammed precisa de orações e apoio neste momento".
Pedidos de oração
• Ore para que Khalil permaneça firme na fé em Cristo a despeito das dificuldades que enfrenta.
• Peça a Deus que as autoridade dêem a Khalil o direito de visitar seus filhos.
• Ore pela paz entre muçulmanos e cristãos no Sudão (Norte e Sul).
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FontePortas Abertas
TraduçãoMarcelo Peixoto

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